“Havia muitas maneiras de quebrar um coração. As histórias estavam cheias de corações despedaçados de amor, mas o que realmente despedaça o coração é roubarem-lhe os sonhos – sejam eles quais forem.”
Pearl buck (1892 – 1973)
Aprendi muito da vida pelos teus olhos, pois eles mostravam-me sempre qual a dose correcta para perceber as pequenas imperceptibilidades deste mundo. A cada passo, eles eram o espelho em que a natureza, a música das estrelas e o bailado do universo se reflectiam. Descodificaste o mundo em fórmulas simples para que eu o pudesse compreender. Tornas-te as equações em sons, para que escutando percebesse melhor. Transformas-te o medo do desconhecido na vontade de conhecer coisas novas.
O inconformismo. És um poço de energia positiva que irriga as sementeiras mais áridas. Conseguiste que partilhasse contigo a vontade de mudar, de quebrar paredes de comodismo e tectos de facilitismo. Porque a teu lado, é fácil ganhar motivação para enfrentar o mundo inteiro, a vontade torna-se em combustível que impele a avançar e a não olhar para trás, pois como muitas vezes transmites, a vontade é a maior arma, pois só nós temos poder de a silenciar.
Acredito que descendes daquelas gerações que se lançaram no desconhecido trazendo ao mundo novas fronteiras e novos limites. O teu sangue fervilha de vontade de poder alcançar sempre algo melhor. Melhor para ti, mas essencialmente, melhor para os outros. Houve vezes em que não compreendi o teu altruísmo. Porque é que te prejudicavas para melhor poderes ajudar os outros?! Ensinaste-me que um olhar de gratidão valia mais que a chave de um cofre repleto de ouro, que se há um sentimento que a humanidade ao longo dos séculos aperfeiçoou, foi o egoísmo.
Tens um coração grande! Um coração que filtra a sua própria tristeza, para poder retribuir um olhar alegre a quem mais precisa. Os teus ouvidos ignoram o som das tuas próprias lamentações, para melhor puderem escutar os outros.
Haverá algum jardineiro, que descobrindo a flor mais preciosa, hesite em a arrebatar logo ali? Estou certo que todos responderão não, mas eu contrabalanço com a minha própria história.
Eu tive, durante anos a flor mais preciosa. Tive a sorte de partilhar com ela todos os meus dias, e todas aquelas coisas que no fundo são importantes na vida – as pequenas coisas. Porque é que eu me deixei cegar pela névoa que ataca os espíritos mais incautos? Há pessoas que durante toda a sua vida não perdem o discernimento daquilo que para si é o mais importante. Julguei outrora pertencer a esse grupo.
Enganei-me. Errei. Adormeci profundamente. Vivi em transe e fingi jogar o jogo da vida. Quando acordei tinhas partido. Farta das minhas inconstâncias, sonolências e sonambulismo sentimental, deixaste-me só com estes meus lençóis de recordações. Mas enquanto vagueava perdido, estavas em cada canto, em cada lua, em cada gota da chuva, esperando que eu voltasse.
E eu voltei. Ainda sonolento, ainda a tentar acordar numa manhã, que de tão comprida, mais cinzenta se tornava. Demorei tanto a acordar, falhei tantas vezes o timing correcto para despertar, que tal como a noite sucede o dia, e os rios correm para o mar, seguiste a corrente natural da tua vida. Não podias ficar para sempre numa sonolência de apatismo.
O meu testemunho e o meu apelo, é para a terra, o ar e os cometas, testemunho aqui ao mundo que a minha vida foi tocada pela beleza da tua existência, e que não posso passar mais um dia longe de ti. Se outrora juntos aprendemos a escalar montanhas, acredito profundamente que o podemos voltar novamente a fazer. Nem melhor, nem pior. Apenas de forma diferente. O passado foi vivido de uma forma, e o futuro apresenta novos desafios. É no presente que te peço que voltes para mim.
A minha vontade Ju, é começar de novo. Aprender a andar de novo, encarar o presente a gatinhar para encarar o futuro de passos firmes. Amo-te e por isso é que estou a partilhar com toda a gente, que não vale a pena descobrir um novo sentido para as coisas, se não o puder partilhar contigo.
eu devia escrever qualquer coisa aqui, para encher o espaço porque no layout parece que fica bem... se não escrever o espaço fica vazio e depois é chato... e pelos vistos fica mesmo bem, agora que estou a pré-visualizar... hummm... gostei... porreiro pá...
segunda-feira, 2 de janeiro de 2006
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